Submarino

domingo, 25 de dezembro de 2016

Chegou o Natal

Mais um ano se foi. Mas não precisamos nos preocupar, teremos novas 365 oportunidades de não mudarmos nada. Chegou o Natal, esse dia maravilhoso (pena que é o único) em que todo mundo fica bonzinho e abraça até mesmo quem mais odeia. Damos presentes uns aos outros, almoçamos e jantamos juntos com pessoas que não fazemos ideia de quem são e como vivem, mas chamamos de parentes...

Época maravilhosa em que subimos na mesa e pedimos desculpas pelos erros que cometemos, pedimos perdão àqueles que humilhamos o ano todo, afinal de contas precisamos zerar o jogo pra começar de novo. Dizemos "Feliz Natal" a todo mundo que encontramos, mas não lembramos de Deus o resto do ano, a não ser quando precisamos de um milagre. E pior, há pessoas que acreditam que realmente não precisam d'Ele.

Quando Jesus nasceu, o Império Romano vivia a chamada "Paz Romana", graças às poderosas legiões romanas e ao pulso de ferro de Caesar Augustus. José saiu de Nazaré, onde morava, e foi para Belém, sua cidade natal, a fim de se registrar. Todas as pessoas corriam de um lado para o outro a fim de se registrarem, hospedarias lotadas, cidadãos preocupados em jurar lealdade a Cesar. E ninguém prestou atenção no Menino que nasceu numa estrebaria, e ficou junto aos animais.

Hoje vemos a mesma correria, não por causa de um recenseamento, mas para mantermos nossa lealdade a esta data, às tradições. Compramos presentes, limpamos nossas casas, visitamos parentes, abraçamos conhecidos, fingimos nos importar com os outros, armamos presépios, pinheiros e luzes. E fora do nosso coração lotado, o Menino continua olhando o mundo, sem entender por que comemoramos algo que não compreendemos nem acreditamos.

FELIZ NATAL!

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