Humor - Gustavo Lima

Uma adolescente abraçada a outras, também portadoras da mesma doença, afirma chorosa:

- Gustavo Lima vai parar!!!

Eu, preocupado, perguntei:

- Parar de fazer o quê? Ele faz alguma coisa?

O choro aumenta:

- Ele vai parar de cantaaar!

- Sério?! E ele já tinha começado?

#365Livros - #Livro90 - ASSASSINATO NO BECO

Assassinato no beco

Agatha Christie

Reunião de quatro ótimos contos de Agatha, “Assassinato no beco”, “O roubo inacreditável”, “ O espelho do morto” e “O triângulo de Rodes”. Uma mulher conseguiria se suicidar segurando um revolver com a mão direita e atirar na têmpora esquerda? Sério, tente simular. Além dessa bizarrice, Poirot tem que achar planos militares secretos, relacionados com a construção de um submarino, conta com a ajuda de um espelho quebrado para pegar um assassino e proteger um casal no meio de um triangulo – sim, essa história é bem chata, mas o restante do livro é bem característico de Agatha, com muito suspense e tramas bem amarradas, mostrando o talento de Agatha tanto nos romances como nos contos.

Parabéns para nós!

Olha quem fez aniversário comigo: Parabéns, Robbie Coltrane!

Calendário Abril - Anne Hathaway

Em homenagem ao Marvin, que tem uma admiração especial fetiche foda com a grande gostosa desgraçada Anne Hathaway...

 

#365Livros - #Livro89 - LONGE É UM LUGAR QUE NÃO EXISTE

Longe é um lugar que não existe

Richard Bach

Quando alguém te toca pelo jeito de ser, de pensar, quando alguém te ama sem pedir nada em troca, e você se vê amando essa pessoa por tudo que ela é, e ela se torna tão especial para você que tudo que ela te representa não pode ser expresso em palavras, nem a distância, nem a saudade, nem a tristeza podem separá-los.

“Voe livre e feliz além de aniversários e através do sempre. Haveremos de nos encontrar outra vez, sempre que desejarmos, no meio da única comemoração que não pode jamais terminar”.

“Se você quer estar com alguém que ama, já não está lá?”

Também tenho meus direitos!

Eu não estou aqui pra defender ninguém, não gosto do Marcus Feliciano, e muito menos do político alegre, mas gostaria de dizer que os cristãos também erram, também se separam, muitos já foram ladrões e assassinos, muitos já foram traidores, muitos já enganaram, mentiram, muitos já roubaram, muitos já foram bêbados e drogados, e hoje não são mais.

 

Ninguém disse que os cristãos não erram. A diferença está no fato de que certos erros não mudam a natureza humana, e podem ser consertados. Por causa do problema com os homossexuais, estão taxando a Bíblia de "crença de merda". A diferença é que quando os cristãos erram, podem ser perdoados, mesmo sofrendo as consequências do erro. Mas há certas coisas que vão contra a natureza humana. Não é nem questão de "crenças". É questão de natureza mesmo. Eu não sou obrigado a achar "normal" esse tipo de relacionamento. Nunca vou aceitar que crianças sejam incentivadas ao homossexualismo em uma escola, e nunca vou aceitar "kits gays" nas escolas, como o político colorido deseja.

 

Eu prefiro ficar com minha "crença de merda" porque é por ela que sou perdoado quando erro. É graças à minha "crença de merda" que tive forças pra enfrentar tantas coisas pelas quais passei e ainda passo. E, se todos tem direitos, eu também tenho. E um desses direitos é achar estranho coisas que vão contra a natureza humana. Quem quiser criticar, xingar, e mostrar toda falta de educação e bom senso, fique à vontade, pois entre você e minha "crença de merda", fico com a crença. E não me venha desejar Feliz Páscoa, se você chama de crença de merda o livro que nos conta a história da Páscoa, e do homem que morreu porque não temos capacidade de fazer o que ele pede.

Morre Richard Griffiths, o Tio Válter

É com muito, muito pesar, que comunicamos o falecimento do ator Richard Griffiths, aos 65 anos, que imortalizou o Uncle Valter, o tio insportável de Harry Potter. Causador de nossa fúria com sua família asquerosa, Richard foi um dos maiores atores britânicos. Richard foi vítima de complicações de uma cirurgia cardíaca. Deixamos aqui nossas orações, e nosso sentimento e pesar para nosso eterno tio Válter.

Mais informações no site do Potterish, que publicou a notícia em primeira mão.

#365Livros - #Livro88 - EVANGELHO DE JOÃO

(fonte da imagem: reflexaobiblica.spaceblog.com.br)

Evangelho de João

Toma-me, rendido estou,
Aos pés da cruz, me encontrei
O que tenho, Te entrego Ó Deus

Uma das coisas de que mais sinto falta da igreja católica, particularmente da fé católica, é, como me disse o próprio Marvin uma vez – acho que ele não vai lembrar – é da enorme reverência. A semana santa é o ápice da fé cristã, é o ápice da vida de Jesus, e em nenhum lugar este momento está tão explicitado como no evangelho de João.

Vem limpar as minhas mãos,
Purificar meu coração
Que eu ande em tudo que Tu tens pra mim

João era o discípulo que Jesus amava. Era um garoto quando teve a honra de conhecer Jesus e ser amigo dele, amigo de verdade. João era quase uma criança, e quando Cristo foi crucificado, entregou João aos cuidados de Sua Mãe, Maria, e a própria Maria aos cuidados de João. João e Maria – com o perdão do trocadilho – eram dependentes de Cristo em totalidade humana – João, como já disse, era um menino, e tinha em Jesus seu Mestre, seu irmão mais velho. Maria era só a mãe do Senhor. Você, se é pai e mãe, imagine testemunhar a morte lenta de seu filho, e terá uma ideia do sofrimento que esta Mulher sublime sentiu, sem jamais dar as costas ao seu Deus.

Meus momentos, e os dias meus
Meu respirar, e meu viver
Que sejam todos pra Ti Ó Deus

Cada evangelista tem seu estilo e suas peculiaridades. João evidenciou o amor de Deus, o amor de Jesus. É João que narra o milagre das bodas de Caná, onde Maria deu um empurrãozinho em seu filho. É João que narra com detalhes ácidos a morte de Jesus. Evangelista incisivo, direto, mas também, eu diria, carinhosos com seu leitor – aspecto mais visível nas cartas de João – o suposto autor do quarto evangelho e do maravilhoso livro do Apocalipse foi, segundo a tradição, o discípulo que não abandonou Jesus, o amigo que cuidou da Mãe do Senhor, o discípulo que encontrou em vida a santidade por excelência. João é meu evangelista preferido.

Minha vida dou, a Ti Senhor,
Rendido a Ti estou.
E pra sempre cantarei,
"Faz em mim o Teu querer"

A semana santa é o ápice da fé cristã. Esta fé se resume em crer que Jesus é o filho de Deus e venceu a morte, ele ressuscitou, vencendo-a. Ele viveu e está vivo de corpo e espírito. Nada me causa mais falta que esta reverência. Poder viver cada dia da semana santa, poder aspirar a quinta feira santa, véspera da morte do Senhor, e estar numa sintonia extrema com Ele. Queria que todo protestante pudesse sentir a Glória que é viver plenamente este dia, dedicá-lo a Jesus, a honrá-lo e honrar seu sacrifício. Não falo apenas de jejuns, que são vazios se forem feitos sem propósito, falo de reverência, meditação, oração, de um dia especial de vigília, não de atos ocos mas de atos de fé, pura e simples. Você deve fazer isso todo dia, posso ouvir. Sim, é claro que pode. É por isso que a sexta feira santa é tão especial, você só sabe se realmente vivê-la, recordar os passos do Senhor, lá no Evangelho de João, cada dia, cada instante, e absorver o que significou este sacrifício. Para que no glorioso domingo, possa dizer que Jesus sofreu, mas Ele venceu, Ele vive.

Eu fiz apenas uma reflexão do meu coração. Se você não é cristão, ou não crê em nada, deve ter odiado. Mas Jesus ama você, não importam dogmas ou crenças, a minha maior certeza é que Ele nos ama, e nos olha cada dia, e sentir a presença dEle, quase vendo-o, aqui, sentado em minha cama, ao meu lado, vendo-me escrever essas linhas, enquanto a minha gata dorme no sofá, e a pessoa que eu amo está do outro lado da cidade, longe de mim, e me faz muita falta, é algo tão maravilhoso que palavras humanas são insuficientes para descrever. Queria poder segurar em Suas mãos machucadas, Senhor, olhar humildemente em Seus olhos, ver que o Senhor se tornou humano como eu, sentiu fome, frio, medo, raiva, como eu, morreu por mim e me ama, me chama pelo meu nome e me aceita, com meus defeitos, meu erros, até com minha descrença, porque Seu amor é universal e divino. Obrigada, Jesus, por tudo.

Oh, oh oh oh, Eis me aqui, rendido estou
Oh, oh oh oh, Eu sou Teu e Tu és meu

Jesus...

#365Livros - #Livro87 - HARRY POTTER OU O ANTI PETER PAN

Harry Potter, ou o anti Peter Pan

Isabelle Cani

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS DE HP 3, HP 4, HP 6 E HP 7.

Peter Pan é um livro patético de um garoto que não quer crescer nunca. É fácil viver quando se é criança, é fácil escrever sobre crianças porque a vida delas é simples e livre de jugos, porque não existe preconceito em seus corações e são a própria liberdade, ainda que a maioria das pessoas pense exatamente o contrário. Difícil é ver que o tempo passa, a vida bate na sua porta e você precisa crescer mesmo se não quiser. J K. Rowling mostrou isso magistralmente bem em sua série e a professora francesa Isabelle Cani faz essa análise com muita propriedade, colocando frente a frente essas duas obras sobre crianças tão diferentes, dissecando todas as mensagens de Harry Potter, e demonstrando que a maior grandeza desta obra está numa coisa bem simples: a frieza da realidade.

(sobre HP e o Cálice de Fogo): “O que induz ao erro, antes de tudo, é certamente a analogia. Temos a sensação de reviver o ano anterior, e mesmo de vivê-la melhor, com um Snape mais cabisbaixo e lamentável, um coadjuvante mais cúmplice e amigável. Seria necessário um leitor bem perspicaz para reparar imediatamente que falta o essencial, ou seja, a emoção de Lupin diante do mapa que ele reconhece, a difícil decisão que ele toma em um instante, antes de apoiar Harry. Com o falso Moody, tudo é fácil, justamente porque seus sentimentos não são comprometidos, pois ele interpreta um papel para conquistar a confiança de Harry. A semelhança não passa de uma farsa, as duas cenas são diametralmente opostas. A lição da segunda é que na vida, nada recomeça de forma idêntica: acreditar e querer reviver o que já foi vivido é cair na armadilha da magia negra”.

“Agir é ter de sujar as mãos O adulto é aquele que abre mão de seu imaginar inocente, que assume sua parte de culpa, preço que se paga por ser lúcido”.

(sobre Severo Snape): “Snape é o grão de areia de um amor sincero que se introduz na engrenagem do assassinato e acaba fazendo tudo derrapar [...] Snape é também o meio pelo qual Rowling mostra que a penúltima verdade descoberta por aquele que se acha esperto pode levar a uma interpretação totalmente errônea: supor a partir de um fragmento, por mais precioso e verídico que seja, às vezes é pior do que estar mergulhado na ignorância completa”.