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domingo, 29 de abril de 2012

Falklands ou Malvinas?

Há trinta anos a Argentina invadiu um pequeno conjunto de ilhas ao extremo sul das Américas, um território que pertence à Inglaterra desde os tempos nos quais o Poderoso Império Britânico dominava o mundo conhecido.  A Argentina afirmava (e ainda afirma) que era um absurdo a Inglaterra possuir terras que estão a mais de 14.000 km de distância, e a Inglaterra acusa a Argentina de “colonialista” sem ao menos olhar para sua própria história. É como se os brasileiros dissessem que os ingleses têm fama de malandros...

As ilhas da disputa. (imagem: blogeducacional.com.br)


Apesar do sucesso inicial, a tomada das ilhas pela Argentina foi um fracasso, pois como diz o velho ditado, “não roube aquilo que você não pode carregar”; e eu digo “não inicie uma invasão que você não pode manter”. A Argentina tinha dez mil (10.000) soldados mal treinados e mal equipados, um porta-aviões que não saiu do lugar, cinco (5) misses Exocet, cinco (5) aviões Super Étandar para lançar estes mísseis (dos quais um avião foi desmanchado para suprir peças aos demais), dois (2) submarinos, sete (7) aviões Hércules C-130, alguns outros aviões com pouca autonomia de vôo (que devido á distância das ilhas e à falta de um porta-aviões só podiam sobrevoar a ilha por dois minutos, caso contrário ficariam sem combustível), alguns navios patrulha e o cruzador General Belgrano, que foi torpedeado em maio de 1982. Grande parte da artilharia pesada que seria de extrema importância no combate a Argentina não pode levar porque não tinha condições para isso. Fora isso, a Inglaterra possuía um PIB de 585 bilhões e 140 milhões de dólares (US$ 585.140.000.000,00) contra os 62 bilhões de dólares (US$ 62.000.000.000,00) da Argentina. Isso é crucial em uma guerra, não basta ter equipamento, veículos e munição, é necessário ter poder econômico e um parque industrial bélico capaz de repor todo o equipamento e munição utilizados.
Sugestão: Em 1982, a Argentina poderia ter ampliado o campo de pouso em Port Stanley, dotando-o de depósitos com defesa forte, mantendo ali caças e aviões de patrulha, e deslocado um porta-aviões para as proximidades das Malvinas para efetuar missões de defesa e ataque pela combinação da aviação em terra e no porta-aviões, defendendo-o com auxílio dos navios menores e do cruzador. Isso forçaria os ingleses a se posicionarem longe das Malvinas, assumindo uma posição defensiva e com limitações no ataque. A campanha tomaria outro rumo.

Destroyer inglês enviado para as Malvinas este ano (imagem: Jornal Gram-Pará)
Sinceramente não sei o que pensar a respeito desta briga pelas ilhas. O Brasil em 2002 reconheceu as ilhas Falklands como território argentino, e aderiu recentemente ao acordo da Unasul de não aceitar nenhum navio com bandeira das Falklands em seus portos. Sabemos o que pensam a respeito da América do Sul lá fora, e não será agora que a Inglaterra vai largar um território que possui reserva petrolífera e serve como uma ótima base aérea em caso de futuros conflitos (motivo pelo qual apóio a decisão do Brasil em considerar este território como argentino). Se olharmos para a loucura argentina e suas provocações ao Brasil, apoiamos a Inglaterra. Mas se olharmos para o futuro, devemos apoiar a Argentina, encabeçando a defesa da América do Sul e mostrando que temos condições de impor a soberania nacional e não aceitar intimidação estrangeira. Quem me garante que o Brasil não será alvo de guerras pelo controle da água no futuro?

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou a favor da Inglaterra.

Jair Fagundes
Lages - SC

Anônimo disse...

É malvinas e ponto final.

Artur Dias
São Paulo

Anônimo disse...

Falklands, Falklands, Falklands!!!

Otávio
CTBA