Quem já assistiu "The Goodfather"? Quem lembra da famosa frase de Mike Corleone "Eu passei minha vida toda defendendo minha família"? Quem lembra das influências do poderoso chefão? Das ameaças, dos políticos que comiam na mão dele, dos seus soldados? Quem lembra da sua aproximação com a igreja na tentativa de se redimir? Uma ótima história, um ótimo livro, um ótimo filme. Apesar de todos seus crimes, a história da máfia italiana tem sua beleza e romantismo por tratar-se de um homem defendendo os interesses de sua família. Vito Corleone, interpretado por Marlon Brando, um italiano na América, na terra da oportunidade, um homem que se tornou infuente e poderoso, dono de hotéis, cassinos e prostíbulos, mas que se recusava a vender drogas por considerar isso incorreto...
Hoje observo algo assim se repetindo, uma organização como uma "família", obtendo vantagens, comprando cargos, protegendo seus interesses e membros influentes e eliminando os fracos e todos aqueles que se colocam em seu caminho. Um líder poderoso e economicamente influente, com bons contatos, protegendo aqueles que lhe são úteis. Uma sociedade invisível que não se mostra, mas sente-se a sua força, principalmente quando se está contra ela.
E o pior não é a atuação dessa "máfia", mas sim o local onde ela atua: dentro de outra organização que foi criada para ser o sal da terra e a luz do mundo,dentro da igreja, lugar onde os problemas espirituais, físicos e materiais da humanidade, bem como suas angústias e anseios deveriam ser solucionados, mas hoje somente serve aos interesses dessa "família" que suga as forças e o dinheiro de seus membros.
Don Corleone, quando tentava arrepender-se e consertar seus erros, disse: "A política e o crime são a mesma coisa" e eu digo: "A falsa religião e o crime são a mesma coisa."
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